Fazia pelo menos cinco anos que o ponteiro da balança apontava 79 quilos. Por causa disso, não tive uma adolescência fácil. Em todo lugar que ia, tinha impressão que as pessoas ficavam olhando porque eu estava muito acima do peso.
O verão, então, era a pior época do ano. Ficava frente a frente com a situação mais constrangedora de todas: vestir o biquíni. Passava o maior calor do mundo, mas não me desenrolava da canga.
Quando decidia entrar no mar, armava todo um esquema para tirá-la a apenas um passo da água. Por mais difícil que fosse tudo isso, verdade seja dita, nem pensava em abandonar o salgadinho de pacote, o refrigerante, a fritura e a sobremesa.
Um problema nas costas, quem diria, impulsionou minha mudança diante da comida. Aos 19 anos, comecei a sentir muita dor e descobri que tinha escoliose, que é um desvio de coluna. O excesso de peso não foi a causa, mas a médica disse que eu tinha que emagrecer. Caso contrário, as dores iriam piorar. Vi que estava mais do que na hora de enxugar os excessos.
Procurei uma nutricionista e cortei o salgadinho, o doce e o refrigerante. Tirei a fritura do cardápio e diminuí as porções. Almoçava apenas um filé de frango com salada e legumes variados. Porém, o mais difícil foi contornar o desejo de doce. Tentei sobremesa light, mas não consegui me adaptar ao resíduo amargo que o adoçante deixa na boca. Então, optei por uma fruta como sobremesa.
Além disso, passei a comer de três em três horas para não ficar com fome. Não emagreci rapidamente, levei dois anos e meio para perder 13 quilos. No entanto, mudei meus hábitos e percebi que é uma conquista para sempre. Mais do que entrar em forma, aprendi quais são as coisas que realmente merecem estar no meu prato!
Magra longe da academia
Devido à escoliose, Thaysse não pode fazer atividade física – o que deixou o processo de emagrecimento mais lento. Para não fi car completamente parada, decidiu que na ida e na volta do trabalho desceria em um ponto de ônibus antes do necessário para fazer uma caminhada. Além disso, trocou o elevador pela escada. “São hábitos que mantenho até hoje”, conta.
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Beijos!!!